A contabilidade ambiental tem transformado a forma como empresas e engenheiros encaram os impactos ambientais de suas atividades. De acordo com Ricardo Chimirri Candia, essa abordagem é essencial para integrar variáveis ecológicas aos processos produtivos, promovendo uma engenharia mais responsável e orientada à sustentabilidade. A valoração ambiental, conceito central nessa revolução, permite mensurar os custos ecológicos e transformá-los em dados financeiros.
Ao inserir critérios ambientais na gestão contábil, as organizações passam a visualizar os efeitos reais de suas operações sobre os ecossistemas. Leia mais sobre o assunto a seguir:
O que é valoração ambiental e por que ela importa na contabilidade ambiental
A valoração ambiental é o processo de atribuir valor monetário a bens e serviços ecossistêmicos, como ar limpo, água potável, biodiversidade e solo fértil. Essa técnica torna tangíveis os custos ambientais antes ignorados ou subestimados nos modelos tradicionais de contabilidade. Segundo o engenheiro Ricardo Chimirri Candia, incorporar esse tipo de mensuração às decisões de engenharia permite avaliar com maior precisão os impactos reais de um projeto.
Além de facilitar o cálculo de compensações e licenças ambientais, a valoração ambiental orienta escolhas mais sustentáveis no planejamento e na execução de obras. Ao considerar custos de mitigação e recuperação como parte integrante dos investimentos, as empresas evitam surpresas financeiras futuras e se posicionam melhor frente às regulações ambientais. Isso gera vantagem competitiva, melhora a reputação institucional e atrai financiadores com foco ESG.
Aplicações práticas da contabilidade ambiental na engenharia
A contabilidade ambiental pode ser aplicada desde as fases iniciais dos empreendimentos até o seu encerramento. Em projetos de infraestrutura, por exemplo, ela permite calcular os custos de supressão vegetal, movimentação de terra, emissões de carbono e consumo de recursos hídricos. Com esses dados, é possível propor soluções mais eficientes e ambientalmente equilibradas, como o uso de materiais recicláveis e fontes alternativas de energia.

Outro exemplo está na construção civil, onde a adoção de práticas sustentáveis, como reaproveitamento de água e eficiência energética, pode ser registrada e quantificada com o apoio da contabilidade ambiental. Conforme expõe Ricardo Chimirri Candia, essa abordagem ajuda a transformar indicadores ambientais em ativos financeiros, reforçando o valor agregado do empreendimento. Isso contribui para a precificação de imóveis, obtenção de selos verdes e acesso a linhas de crédito diferenciadas.
Benefícios estratégicos e econômicos para as empresas
Ao adotar a contabilidade ambiental, as empresas ganham não apenas em conformidade legal, mas também em inteligência estratégica. O monitoramento contínuo dos impactos ambientais permite o ajuste dinâmico das operações, reduzindo desperdícios e aumentando a eficiência. Isso resulta em menor consumo de recursos, redução de multas e maior estabilidade nas relações com órgãos reguladores. Esse controle também facilita a obtenção de certificações ambientais e o acesso a linhas de crédito sustentáveis.
Além disso, empresas que demonstram controle efetivo sobre seus passivos ambientais passam a atrair investidores atentos a critérios de governança socioambiental. Como frisa Ricardo Chimirri Candia, engenheiro concursado desde 1990, a contabilidade ambiental é hoje uma ferramenta de valorização do negócio, que melhora a imagem institucional e abre portas para novos mercados. Em tempos de transição verde, adotar esse modelo deixa de ser uma opção e se torna uma exigência estratégica.
Por fim, a contabilidade ambiental representa um avanço necessário na busca por uma engenharia mais sustentável, eficiente e comprometida com as gerações futuras. Por meio da valoração ambiental, é possível integrar as dimensões ecológica e econômica, tornando viável a gestão de impactos e a geração de valor a partir de práticas sustentáveis. Para Ricardo Chimirri Candia, as organizações que adotam essa abordagem saem na frente, tanto em termos de competitividade quanto de responsabilidade social.
Autor: Lyudmila Antonova