Conforme evidencia Paulo Twiaschor, a construção modular é uma metodologia que envolve a fabricação de partes de um edifício – os chamados módulos – em ambientes controlados, como fábricas, para depois serem transportados e montados no local da obra. Essa técnica tem ganhado cada vez mais visibilidade no setor da construção civil graças à sua promessa de eficiência, padronização e agilidade.
Com o aumento da demanda por construções mais rápidas, econômicas e sustentáveis, a construção modular surge como uma alternativa moderna frente aos métodos tradicionais. Saiba mais, a seguir!
Como a construção modular contribui para a redução significativa do tempo de obra?
Uma das maiores vantagens da construção modular é a sua capacidade de reduzir drasticamente o tempo necessário para a execução de uma obra. Isso se deve ao fato de que várias etapas do processo podem ocorrer simultaneamente: enquanto os módulos são produzidos na fábrica, a fundação e a preparação do terreno já podem estar sendo realizadas no local de instalação. Esse paralelismo entre as fases reduz os cronogramas de construção em até 50% em muitos casos.
Além disso, Paulo Twiaschor explica que o ambiente controlado de fábrica minimiza interferências externas, como atrasos causados por condições climáticas desfavoráveis, escassez de mão de obra ou problemas logísticos. O resultado é um processo muito mais previsível e eficiente, ideal para obras com prazos apertados, como escolas, hospitais ou moradias emergenciais.
Quais são os principais fatores de economia de custo em obras modulares?
A economia proporcionada pela construção modular vai além da simples aceleração do processo. Os custos operacionais são otimizados desde o início, com menor desperdício de materiais, maior controle sobre o uso de recursos e a possibilidade de comprar insumos em maior escala para fabricação em série. Além disso, a padronização dos módulos reduz retrabalhos, erros de projeto e incompatibilidades de execução, comuns em construções convencionais.

Segundo Paulo Twiaschor, a mão de obra também tende a ser mais barata, pois as tarefas repetitivas e especializadas em fábrica exigem menos profissionais altamente qualificados no canteiro. Quando se considera o custo total de uma obra – incluindo despesas indiretas como segurança, transporte, alimentação e gestão –, a economia com construção modular pode chegar a 30% em comparação com métodos tradicionais.
Como a sustentabilidade está relacionada à construção modular?
A construção modular também se destaca como uma solução mais sustentável. Paulo Twiaschor menciona que isso ocorre porque, ao ser realizada em ambiente fabril, há um controle muito mais rigoroso dos materiais utilizados, o que reduz drasticamente o desperdício. Ademais, há menos geração de entulho no canteiro de obras, menor consumo de água e energia e menor impacto ambiental na vizinhança, devido à redução do tempo de obra e do tráfego de caminhões e trabalhadores.
Com isso, para Paulo Twiaschor, o futuro da construção modular é promissor e aponta para um setor mais industrializado, eficiente e sustentável. Com a evolução das tecnologias digitais, como a modelagem BIM, a inteligência artificial e a impressão 3D, será possível integrar ainda mais as fases de projeto, produção e montagem, elevando os níveis de precisão e inovação.
Conclui-se assim que a tendência é que, nos próximos anos, a construção modular deixe de ser vista como uma alternativa e passe a ocupar o centro das estratégias de grandes construtoras e incorporadoras. Em um mercado cada vez mais exigente, onde prazos curtos e orçamento controlado são diferenciais competitivos, a modularização tende a ser a resposta definitiva para muitos dos desafios históricos da construção civil.
Autor: Lyudmila Antonova