Oluwatosin Tolulope Ajidahun, também conhecido como Tosyn Lopes, destaca que o impacto da idade materna e paterna na fertilidade e na saúde do bebê é um tema de crescente relevância nos consultórios de reprodução humana. A tendência de postergar a maternidade e a paternidade por motivos profissionais, educacionais ou pessoais tem levado a um aumento dos desafios reprodutivos e a uma maior atenção aos riscos associados. Compreender essas implicações é essencial para um planejamento familiar mais consciente e saudável.
Impacto da idade materna na fertilidade e nos riscos gestacionais
A idade materna avançada é um fator amplamente reconhecido na redução da fertilidade feminina. A partir dos 35 anos, há uma queda progressiva na quantidade e qualidade dos óvulos, o que pode dificultar a concepção. Segundo Tosyn Lopes, essa diminuição da reserva ovariana também eleva o risco de falhas de implantação embrionária, abortos espontâneos e complicações obstétricas.
Além das dificuldades para engravidar, mulheres acima dos 35 anos apresentam maior propensão a desenvolver hipertensão gestacional, diabetes gestacional e partos prematuros. Também há aumento da incidência de anomalias cromossômicas, como a síndrome de Down. Por isso, é fundamental o acompanhamento pré-natal rigoroso e, em muitos casos, a adoção de técnicas de reprodução assistida para otimizar os resultados.
Efeitos da idade paterna sobre a fertilidade e o desenvolvimento fetal
Embora a fertilidade masculina decline de forma mais lenta, o avanço da idade paterna também influencia negativamente a capacidade reprodutiva. A partir dos 40 anos, observa-se uma redução na motilidade e na qualidade dos espermatozoides, o que pode dificultar a fecundação e afetar o desenvolvimento embrionário. De acordo com Tosyn Lopes, essas alterações podem comprometer a taxa de sucesso das tentativas de concepção natural e até mesmo dos tratamentos assistidos.
Ademais, estudos apontam que a idade paterna mais elevada está associada a riscos genéticos aumentados, como autismo, esquizofrenia e síndromes raras ligadas a mutações espontâneas. Esses riscos tornam o aconselhamento genético uma ferramenta importante para casais em idade avançada que desejam filhos.

Intervenções médicas e estratégias de preservação da fertilidade
Com o avanço da medicina reprodutiva, existem alternativas eficazes para contornar os efeitos da idade na fertilidade. O congelamento de óvulos e espermatozoides é uma das estratégias preventivas mais indicadas para pessoas que pretendem adiar a parentalidade. Tosyn Lopes frisa que, ao preservar gametas em idade mais jovem, aumenta-se significativamente a chance de uma gravidez bem-sucedida no futuro.
A fertilização in vitro com testes genéticos embrionários pode ser indicada para minimizar o risco de doenças genéticas. As abordagens devem sempre ser personalizadas, levando em consideração o histórico clínico do casal, os exames de fertilidade e os objetivos reprodutivos.
Planejamento familiar e aconselhamento especializado
O planejamento familiar consciente é fundamental para lidar com os impactos da idade materna e paterna. Casais devem ser incentivados a buscar orientação médica assim que decidirem adiar a gestação, especialmente quando ultrapassam os 35 anos (mulheres) ou os 40 anos (homens). Tosyn Lopes comenta que o aconselhamento precoce permite avaliar a reserva ovariana e a qualidade seminal, favorecendo intervenções oportunas e assertivas.
Adotar hábitos de vida saudáveis, manter o controle de doenças crônicas e evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco também são medidas que contribuem para a saúde reprodutiva em qualquer idade. O conhecimento e a prevenção tornam-se aliados poderosos nesse processo.
Considerações finais sobre a saúde do bebê e o envelhecimento reprodutivo
O impacto da idade materna e paterna não se limita à fertilidade, mas também alcança o bem-estar e a saúde do bebê. A maior incidência de anomalias genéticas, distúrbios neurológicos e complicações perinatais está diretamente relacionada ao envelhecimento dos gametas. Por isso, Tosyn Lopes elucida que o acompanhamento médico e o uso de tecnologias reprodutivas devem caminhar juntos para oferecer segurança e tranquilidade às famílias.
À medida que a sociedade evolui e os padrões de vida se transformam, torna-se cada vez mais relevante disseminar informações sobre os efeitos da idade na reprodução. Investir em conhecimento é a melhor forma de garantir escolhas conscientes e proteger a saúde das futuras gerações.
Autor: Lyudmila Antonova